"Também morre quem atira!"

Eu vou votar SIM! E não é porque o Chico Buarque também vai votar sim. O Chico vota no PT. Deus me livre!

Na real ambos programas políticos estão uma droga. O Sim vem com aquela turma da Rede Globo, a qual anda à volta de seguranças municiados até os dentes, para falar que você não precisa se armar. Enquanto isso, o Não traz a galera mais conservadora do país para defender o direito do fazendeiro meter bala em sem-terra. "Desligue a TV e vá ler um livro".

O fato é que o País está convidando: "Vamos acabar com as armas no Brasil?". Não se pode recusar uma intimação dessa! Imagino-me com meus cinqüenta e poucos anos, meu netinho chega e dispara: "Pô, Vô! Cê votou Não no referendo do desarmamento?! Que mancada, hem?!". Vivemos um daqueles momentos marcáveis da história onde acontece a ruptura. Possuímos a chance de se desvincilhar dos valores arcaicos e contruir um novo paradigma. Nada mais de armas, somos uma sociedade esclarecida, queremos paz.

Está certo que os bandidos não vão ser desarmados, que contaremos apenas com a polícia para garantir o sossego da população. Mas foi por causa disso que invetamos o Estado! Lembrem os contratualistas: de quem mesmo é a responsabilidade pela segurança da população? Há de se continuar cobrando a parte do Estado no contrato, ao invés de onerar-se suprindo a omissão de nossos governates.

Domingo, dia 23, vou a Rio do Sul votar SIM, eu sou a favor da proibição do comércio de armas e munição. Não vou pactuar com o atraso da nação.

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