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9.2.07

Histórias de Bancário: O SILÊNCIO VALE OURO

Estava eu a completar as primeiras semanas de banco na hospitaleira cidade de Canelinha.

Cliquei o botão e o cliente da vez se aproximou do guichê 03 onde eu o aguardava.

O cliente, ou no caso a cliente, era uma senhora gorda, de média altura, cabelos curtos e espetados, roupas singelas - camiseta de brinde e calça de academia. Dava a impressão de que se não estivesse a gastar seu tempo nas longas filas do banco, estaria a terminar a faxina em sua casa ou de seu empregador.

Ela me entregou um cheque o qual pretendia depositar em sua conta. Demorei-me a observar o cheque. Era diferente de qualquer um que tinha visto antes. Não tinha assinatura, mas sim carimbos imitando as firmas de pessoas apresentadas como diretoras do banco emitente. Também não tinha picote à esquerda, como se nunca tivesse sido destacado de um talão, porém impresso separadamente. A senhora notou minha curiosidade e desvendou os mistérios por trás da instigante folhinha:

- É um cheque administrativo. Eu ganhei no Sílvio Santos!
- Parabéns - homenagiei-a, um tanto sem jeito por ter sido flagrado - E você conheceu São Paulo?
- Não. O cheque veio pelo Correio. Há anos eu compro o carnê! Deus olhou por mim!
- Fico feliz pela senhora - Disse isso pensando se era possível ser feliz no lugar das outras pessoas, ou se isso de alguma forma afetaria a felicidade verdadeira que a dona estava sentindo.

O dinhero que ela ganahra não era suficiente para se mudar para Miami, contudo poderia proporcioná-la algumas roupas legais, um corte de cabelo bacana e até umas férias bem quentes em algum lugar do vasto litoral basileiro.

Na semana seguinte veio ao guichê um cheque semelhante ao que a cliente de Sílvio Santos trazera antes. Agora era portado por um jovem não tão radiantes quanto àquela senhora.

- E aí, ganhou algum prêmio? - precepitei-me
- Sim. O prêmio do seguro de vida.

A gafe não serviu para animar o garoto. Mas meus colegas caixas riram verdadeiramente do meu deslize.

4 Comments:

  • faz parte.. eu já perguntei uma vez pra um paciente se ele tinha dado uma martelada no dedo e na verdade tinha sido cortado fora num acidente de moto... rss.
    Vc tenta dar uma de engraçado/genteboa e se ferra. Mas na maioria das vezes dá certo.

    By Blogger Victor, at 6:43 PM  

  • ps.. eu tinha colocado este comentário ontem aqui com todos detalhes e tal mas algo deu errado, ali foi um resumo só...

    Leo... entao em breve devo ir pra floripa ajudar meu irmão com algumas coisas pois ele vai fazer energia... derrepente rola umas brejas.

    By Blogger Victor, at 6:45 PM  

  • Combinado ;)

    By Blogger Leo, at 10:15 AM  

  • São normais as Gafes! Eu mesmo cdanso de cometê-las... Uma vez liguei para uma cliente em que patrocinava uma causa, e falei com o seu filho dizendo: Sua mãe ficará contente pois consiguimos cassar a sentença e ela receberá a indenização.... E ele: Amigo, nossa mãe faleceu faz uns tres meses... Bah! E até hoje ainda nao recebemos o dinheiro. Abraço

    By Blogger Unknown, at 7:14 PM  

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